quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O lugar e o tempo

O lugar e o tempo

Ao entrar na sala daquele casarão antigo, tem-se, de início, uma desagradável sensação de abandono e de uma certa tristeza.

As paredes, já quase sem cor devido à ação do tempo, as duas janelas fechadas, com suas venezianas carcomidas, situadas na parede oposta à porta, também velha, davam a quem lá chegava a impressão de estar adentrando um museu abandonado. O chão já sem brilho e o teto no qual havia um lustre luxuoso, mas empoeirado e com poucas lâmpadas em funcionamento, confirmavam a impressão inicial. Sentia-se também no ar o odor dos tapetes embolorados.

Da porta, avistavam-se logo à frente alguns móveis em estilo colonial, muito antigos, mas belíssimos - verdadeiras raridades. No centro da sala, uma mesa de cor marrom sobre um tapete persa de rara beleza. Mais perto da porta, uma poltrona revestida por um tecido amarelo florido e, como os outros móveis, empoeirada. Nas paredes, quadros de paisagens e retratos daqueles que algum dia habitaram o que deveria ter sido uma casa esplendorosa.

Em toda a sala pairava uma atmosfera de desolação, de decadência, de envelhecimento, que causavam em quem a contemplava uma sensação de nostalgia.

FONTE
http://piquiri.blogspot.com/2007/02/descrio-de-ambientes_03.html

Resenha

LARROYO, Francisco. Historia Geral da pedagogia. Vol. 1,
São Paulo Mestre Jou, 1982.

Quando estudamos a história da educação através do tempo questionamos a razão da existência da matéria na grade curricular visto que estudamos a história da educação sem estudar o contexto historiográfico da nossa sociedade. Torna o estudo da história da educação totalmente inválido, pois ela foi construída através da sociedade pós-moderna e basicamente no modo de produção materialista e consumista do capital e exploração do trabalho. Onde torna o estudo da matéria no currículo maçante e fraca, não atingindo as classes e com linguagens rebuscadas que limitam o conhecimento, a uma determinada classe social, onde suas personalidades e seus autores defendem seus padrões e modo de vida e a sua organização político-religiosa.
Com essa visão desse modo a história da educação torna-se para a classe de produção, ou seja, a trabalhadora assalariada se torna vaga, sem contexto, e sem a devida importância com o cotidiano de suas vidas(sua realidade), o que é de fato um grande erro.
O estudo da história da educação. Com ênfase para tempos contemporâneos nos leva a gerar questionamentos sócio-políticos, sobre os educados e o papel dos educadores, onde na lógica da nossa sociedade tudo tem um motivo, uma explicação. Uma causa e um efeito, mas para a classe operária é ensinado a se colocar tudo na conta da escolástica, e do conformismo contemporâneo e é a eles negada de fato uma educação de qualidade onde formará um cidadão pleno. Crítico e assim conseguindo ser igual à classe dominante com nível crítico da análise de sua classe e da importância do papel da sua classe na sociedade. Como podemos ver a história da educação está diretamente interligada com a luta de classes, pois só com a luta de classe a educação foi expandida de modo geral, e só através das lutas as modificações necessárias e importantes na organização das nossas sociedades. O estudo da história da educação mostra a complexidade da dialética que predominam as idéias e se mantém no status do capitalismo, o que deixa ou causa certo pavor, quanto se aplica uma teoria como a de Marx na elaboração de uma educação informativa e libertadora. O que de fato hoje é velada pela nossa sociedade, pois incomoda e causa uma grande instabilidade no sistema vertical vigente. Como justificativa para a alienação as teorias de Marx são tidas como superadas, mas como superadas se de fato nunca foram implementadas e o modo social permanece o mesmo.
Em contrapartida como meio de impedir o acesso dos dominados ao conhecimento libertador a nossa sociedade deixa bem claro quem é o dominante e o dominado, pois os dominados têm que trabalhar pra mal se sustentar a si e a sua família e a divisão por poder de compra.
Aonde culpa a classe dominada pela própria situação de precariedade e miséria, em um quase eterno discurso perverso.
Ao defender seu modo de vida na pós-modernidade se usa como justificativa o excesso de mão de obra, de alunos e a falta de contingente para as escolas, nas mesmas escolas onde se ensina a crise do marxismo e a suposta superação de suas teorias, porém ao questionar e confrontar as teorias de Marx, se descobre que o sistema político que ele a séculos atrás questiona ainda é o mesmo do mundo pós moderno ou seja ainda se aplicam nos nosso dias. Pois, o sistema que os oprimia na época da revolução industrial na Inglaterra nos massacra na pós-modernidade.
No qual Marx questiona, critica e mostra as falhas e apontas novas alternativas para esse sistema até a mudança para um sistema ideal
Ele faz críticas à sociedade com sua educação classista–elitista, para mostrar uma escola com idéias e igual para todos, um ideal de escola laica como deve ser um novo sistema. Enquanto o regime capitalista vigente se beneficia esse tipo de escola produzindo diariamente excesso de mão de obra despreparada e disposta a trabalhar por qualquer vencimento até a exaustão, onde só beneficia os dominantes da nossa sociedade. A organização dessa educação privada de conhecimento para as classes exploradas não dando capacidade mínima a essa classe de fazer uma análise crítica construtiva na forma de relação funcionário–empregado, patrão–sindicato, sindicato-operário, na própria vida social e na sua relação de direitos e deveres.
E interfere na sua relação com a não cobrança dos seus diretos perante os dominantes. E a diferença cultural entre eles e os dominados só aumenta com o passar do tempo, pois tornam-se pessoas inquestionáveis, pois são doutores e sua autoridade fica sem questionamento. De maneira que as teorias de Marx e Engels nos ajudam a compreender o sistema em que vivemos e fazemos parte e analisar seus pontos e suas falhas.
Para mudarmos a sociedade para que seja mais justa e com uma educação de qualidade temos que lutar para que as mudanças de fato se tornem realidade e só se tornam realidade através da luta de classe, com a mobilização e a politização das classes. Onde cada classe saiba qual é o seu lugar na organização da nossa sociedade. Só assim formaremos cidadãos críticos e com capacidade de melhorar a nossa sociedade. Deixaremos de ser essa sociedade que não luta, pois ou é conformista ou não faz a mínima idéia de onde está e prá aonde vai e o que e pior, a sociedade do que porque é público ou do governo qualquer coisa serve. Cabe ao professores salientar e sabatinar esses assuntos nas suas aulas para verdadeiramente, fazer surgir uma nova sociedade capaz de transformar a organização social da escola atual que aliena e traumatiza. Para uma escola que estimula o aluno e de fato o prepara para a vida. E criará uma sociedade mais justa.

Massa para Pizza com Cerveja

Ingredientes
Massa

1 copo(s) de requeijão
1 lata(s) de cerveja
500 gr de farinha de trigo
60 gr de fermento biológico fresco
quanto baste de sal

Modo de preparo
Massa
Amasse todos os ingredientes até ficar em ponto de chichete. Deixe a massa descansar por 1 hora, ou, até crescer.
Após crescida, abra com o rolo,coloque o recheio e leve ao forno por 15 minutos, até a massa dourar.

2 anos passaram, mas a realidade continua



Charge, auto-explicativa sobre o sucateamento da UERJ e os desmandos do nosso magnifico REItor.

Reflexão sobre os vídeos:

Reflexão feita em grupo sobre os vídeos:
Os gêneros digitais e a descoberta da autoria em textos acadêmicos - Júlio Araújo (UFC)
Identidade(s) docente(s) na era do letramento digital - Antonio Carlos Xavier (UFPE)

Trecho do filme: Narradores de Javé
O uso de novas tecnologias na interação entre aprendizagem, aluno e professor.
Usar as ferramentas tecnológicas para auxiliar no desenvolvimento cognitivo e de aprendizagem.
Interação das informações disponíveis com novas tecnologias.
Sustentação teórica na formatação de textos acadêmicos, analise dos mesmos e uso dos autores para fundamentar sua relevância teórica durante a produção dos textos.
Discussão de como articular as idéias de forma que qualquer um possa entender; acadêmicos ou não, de forma que haja maior abrangência naquilo que se discute.
O uso do bom senso, lingüisticamente falando na hora de compor o texto. (termos técnicos)
O ambiente virtual colabora de forma mais efetiva para o entendimento de assuntos do que o ambiente das instituições de ensino. As interações virtuais “favorecem a construção coletiva do conhecimento”.

“A tecnologização da sociedade”
A conseqüência da tecnologia na sociedade a tornaria mais complexa de modo que essa “necessidade da tecnologia” em nossas vidas acabaria e (acabou) com parte dos empregos e substituindo outros, ou seja, a sociedade é hoje a sociedade do conhecimento tecnológico.
As relações de trabalho se dariam mais por meio do conhecimento tecnológico.
O conhecimento tecnológico seria uma espécie de reformulação da era da escrita.
O ato de pesquisar e avaliar a própria pratica de ensino, seria imprescindível.
Nesse contexto; “O sujeito”passa a ser consciente do seu espaço limitado de atuação.
E o educador deve estar “antenado” com as novas formas de auxiliar a aprendizagem, visando melhorar sua realidade, e ser autônomo e não autômato.

O trecho do filme que conta a história de uma pequena cidade que se vê em uma situação de possível desaparecimento com a construção de uma hidroeletrica que acabará com a cidade e seus lares. Os moradores tentam impedir tal acontecimento tentando criar um documento de feitos históricos da cidade que impediria em termos legislativos a inundação da cidade. O problema em questão é que os habitantes da cidade não sabem ler e escrever para poder redigir o documento.

O filme aborda a questão do letramento, ou a falta do mesmo como importante para a nossa vida em diversos aspectos, e traz uma discussão interessante a cerca do conhecimento letrado e não letrado e a capacidade de passar adiante o conhecimento seja por meio da escrita ou da oralidade.

FONTE:
http://cegosecaolhos.blogspot.com/

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Carta para uma amiga

Rio de janerio, 28 de outubro de 2010

Querida Any,

Recebi seu e-mail e sei que você está legal física e emocionalmente. Mas esta cartinha é para comemorar nossa amizade, que nasceu recentemente mas já é forte, quem sabe indestrutível. Há momentos que a gente sente a necessidade de se comunicar com os nossos verdadeiros amigos.

A coisa que a gente logo percebe é o fato de o sentimento fraterno de amizade.

Qualquer um pode gostar muito do semelhante, sem ter nenhuma segunda intenção. Gostar de uma pessoa como amigo é lindo, não precisa haver outros sentimentos.
Sou uma pessoa que gosta muito de você. Por sua alegria constante, seu gênio extrovertido e suas atitudes espontâneas.

Sei que posso contar com você em todas as horas, pois sendo amiga, é também uma criatura cheia de soluções, que na condição de ser humano especial, tem conselhos e orientação, as pessoas que contam com seu afeto.

Orgulho-me de ter sido escolhido por você como amigo do peito. É preciso comemorar esta amizade preciosa, e qualquer manifestação vale a pena.

ASSilveira.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Letra da Musica do Tom Zé - Tô


Tom Zé
Composição: (Tom Zé)

Tô bem de baixo prá poder subir
Tô bem de cima prá poder cair
Tô dividindo prá poder sobrar
Desperdiçando prá poder faltar
Devagarinho prá poder caber
Bem de leve prá não perdoar
Tô estudando prá saber ignorar
Eu tô aqui comendo para vomitar

Eu tô te explicando
Prá te confundir
Eu tô te confundindo
Prá te esclarecer
Tô iluminado
Prá poder cegar
Tô ficando cego
Prá poder guiar

Suavemente prá poder rasgar
Olho fechado prá te ver melhor
Com alegria prá poder chorar
Desesperado prá ter paciência
Carinhoso prá poder ferir
Lentamente prá não atrasar
Atrás da vida prá poder morrer
Eu tô me despedindo prá poder voltar

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Relatório da pesquisa em educação(turmas de 3º e 4º ano de escolaridade)

A primeira turma que eu acompanhei foi uma do 3º ano de escolaridade de uma escola pública do município do Rio de Janeiro. Observei durante toda a Manhã as atividades que a professora realizava com a turma, nesse dia era um exercício de ficção de palavras, silabas e ditado. Quando cheguei, ela me mostrou todo o conteúdo que estava passando em cada disciplina e relatando como era o comportamento da turma, composta em sua maioria por meninas. A turma pelas condições da sala tinha uma quantidade aproximada de 26 alunos, pois era uma sala pequena.
Ela foi me relatando que os alunos não estudavam muito, devido a diversos fatores, como por exemplo, a própria família. falou também que não era possível cobrar nada muito que não fosse em sala de aula, pois os familiares deles não participavam, mais que tentava dar conselhos aos mesmos, ressaltando a importancia estudar, que estudar Matemática e Língua Portuguesa é muito importante. As outras disciplinas ficariam mais fáceis se os alunos compreenderem bem língua portuguesa e matemática.
Os alunos não tinham muita autonomia, a professora o método do estimulo recompensa, para premiando os alunos que conseguiam concluir as tarefas, com um espaço lúdico de desenho e musica. Enquanto isso ela trabalhava com os alunos que mais tinham dificuldade dos alunos. O que observai foi que há professora estava em constante busca por rever seus paradigmas, atenta e dando atenção a todos os alunos naquela sala e na vida de seus alunos, pois, ela trabalhava a construção dos saberes de acordo com a realidade do aluno.


A segunda turma que observei foi uma de 4º ano de uma escola particular, também de Rio de janeiro. Essa já foi um pouco diferente da anterior.
O conteúdo dessa escola e dessa professora, eram organizados em um tipo de taylorismo pedagogico. Nesse dia não houve nenhum tipo de correção de avaliação. A aula seguiu normalmente pautada no caderno de planejamento da professora, com temporização de cada atividade. A professora começou a aula com um tipo de conversa, onde ela começava a perguntar aos alunos como foi o dia anterior, o que fizeram antes e depois da escola, os lugares que eles foram e outras coisas.
Depois desse diálogo, ela começava a explicar os conteúdos dados no dia, mas de uma forma mecanizada idênticas as práticas das escolas confessionais. disciplinas e conteúdos isolados, arrumação da sala de forma tradicional.
A única coisa que observai de diferente nessa professora, é que ela não levava sua aula somente na base do “cuspi-giz”, utilizando os métodos tecnicistas.