quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Resenha

LARROYO, Francisco. Historia Geral da pedagogia. Vol. 1,
São Paulo Mestre Jou, 1982.

Quando estudamos a história da educação através do tempo questionamos a razão da existência da matéria na grade curricular visto que estudamos a história da educação sem estudar o contexto historiográfico da nossa sociedade. Torna o estudo da história da educação totalmente inválido, pois ela foi construída através da sociedade pós-moderna e basicamente no modo de produção materialista e consumista do capital e exploração do trabalho. Onde torna o estudo da matéria no currículo maçante e fraca, não atingindo as classes e com linguagens rebuscadas que limitam o conhecimento, a uma determinada classe social, onde suas personalidades e seus autores defendem seus padrões e modo de vida e a sua organização político-religiosa.
Com essa visão desse modo a história da educação torna-se para a classe de produção, ou seja, a trabalhadora assalariada se torna vaga, sem contexto, e sem a devida importância com o cotidiano de suas vidas(sua realidade), o que é de fato um grande erro.
O estudo da história da educação. Com ênfase para tempos contemporâneos nos leva a gerar questionamentos sócio-políticos, sobre os educados e o papel dos educadores, onde na lógica da nossa sociedade tudo tem um motivo, uma explicação. Uma causa e um efeito, mas para a classe operária é ensinado a se colocar tudo na conta da escolástica, e do conformismo contemporâneo e é a eles negada de fato uma educação de qualidade onde formará um cidadão pleno. Crítico e assim conseguindo ser igual à classe dominante com nível crítico da análise de sua classe e da importância do papel da sua classe na sociedade. Como podemos ver a história da educação está diretamente interligada com a luta de classes, pois só com a luta de classe a educação foi expandida de modo geral, e só através das lutas as modificações necessárias e importantes na organização das nossas sociedades. O estudo da história da educação mostra a complexidade da dialética que predominam as idéias e se mantém no status do capitalismo, o que deixa ou causa certo pavor, quanto se aplica uma teoria como a de Marx na elaboração de uma educação informativa e libertadora. O que de fato hoje é velada pela nossa sociedade, pois incomoda e causa uma grande instabilidade no sistema vertical vigente. Como justificativa para a alienação as teorias de Marx são tidas como superadas, mas como superadas se de fato nunca foram implementadas e o modo social permanece o mesmo.
Em contrapartida como meio de impedir o acesso dos dominados ao conhecimento libertador a nossa sociedade deixa bem claro quem é o dominante e o dominado, pois os dominados têm que trabalhar pra mal se sustentar a si e a sua família e a divisão por poder de compra.
Aonde culpa a classe dominada pela própria situação de precariedade e miséria, em um quase eterno discurso perverso.
Ao defender seu modo de vida na pós-modernidade se usa como justificativa o excesso de mão de obra, de alunos e a falta de contingente para as escolas, nas mesmas escolas onde se ensina a crise do marxismo e a suposta superação de suas teorias, porém ao questionar e confrontar as teorias de Marx, se descobre que o sistema político que ele a séculos atrás questiona ainda é o mesmo do mundo pós moderno ou seja ainda se aplicam nos nosso dias. Pois, o sistema que os oprimia na época da revolução industrial na Inglaterra nos massacra na pós-modernidade.
No qual Marx questiona, critica e mostra as falhas e apontas novas alternativas para esse sistema até a mudança para um sistema ideal
Ele faz críticas à sociedade com sua educação classista–elitista, para mostrar uma escola com idéias e igual para todos, um ideal de escola laica como deve ser um novo sistema. Enquanto o regime capitalista vigente se beneficia esse tipo de escola produzindo diariamente excesso de mão de obra despreparada e disposta a trabalhar por qualquer vencimento até a exaustão, onde só beneficia os dominantes da nossa sociedade. A organização dessa educação privada de conhecimento para as classes exploradas não dando capacidade mínima a essa classe de fazer uma análise crítica construtiva na forma de relação funcionário–empregado, patrão–sindicato, sindicato-operário, na própria vida social e na sua relação de direitos e deveres.
E interfere na sua relação com a não cobrança dos seus diretos perante os dominantes. E a diferença cultural entre eles e os dominados só aumenta com o passar do tempo, pois tornam-se pessoas inquestionáveis, pois são doutores e sua autoridade fica sem questionamento. De maneira que as teorias de Marx e Engels nos ajudam a compreender o sistema em que vivemos e fazemos parte e analisar seus pontos e suas falhas.
Para mudarmos a sociedade para que seja mais justa e com uma educação de qualidade temos que lutar para que as mudanças de fato se tornem realidade e só se tornam realidade através da luta de classe, com a mobilização e a politização das classes. Onde cada classe saiba qual é o seu lugar na organização da nossa sociedade. Só assim formaremos cidadãos críticos e com capacidade de melhorar a nossa sociedade. Deixaremos de ser essa sociedade que não luta, pois ou é conformista ou não faz a mínima idéia de onde está e prá aonde vai e o que e pior, a sociedade do que porque é público ou do governo qualquer coisa serve. Cabe ao professores salientar e sabatinar esses assuntos nas suas aulas para verdadeiramente, fazer surgir uma nova sociedade capaz de transformar a organização social da escola atual que aliena e traumatiza. Para uma escola que estimula o aluno e de fato o prepara para a vida. E criará uma sociedade mais justa.

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